segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Em protesto contra demissões, petroleiros entram no 3º dia de greve

© Federação Única dos Petroleiros Trabalhadores protestam contra demissões no Paraná

Mais de 7.000 funcionários em 10 Estados entram no 3º dia de greve dos petroleiros nesta 2ª feira (3.fev.2020). A mobilização teve início no sábado (1º.fev.2020). Segundo a FUP (Federação Única dos Petroleiros), os grevistas representam 12% dos 55 mil empregados da Petrobras.

A paralisação atinge 15 unidades da empresa e subsidiárias, como a Transpetro, a Reduc (Refinaria Duque de Caxias) e a RNEST (Refinaria do Nordeste).

A FUP diz que, a partir desta 2ª feira, funcionários da área administrativa também irão aderir ao ato. A associação anunciou protestos para hoje em frente à sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, onde a Comissão Nacional de Negociação Permanente da FUP está instalada desde 6ª feira (31.jan), ocupando a sala de reunião número 1 do 4º andar do prédio, onde funciona a Gerência de Recursos Humanos.

A Petrobras não confirmou o número de funcionários que aderiram ao movimento, mas informou, por meio de nota, que tomou “as providências necessárias para garantir a continuidade da produção de petróleo e gás e o processamento em suas refinarias, bem como o abastecimento do mercado de derivados e as condições de segurança dos trabalhadores e das instalações”.

A greve, por tempo indeterminado, foi aprovada pelos 13 sindicatos filiados à FUP. De acordo com o diretor da federação, Gerson Castelano, o movimento contesta as cerca de 1.000 demissões feitas pela Petrobras na Fafen-PR (Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná). A categoria afirma que a decisão desrespeitou acordo coletivo de trabalho.

O fechamento da Fafen-PR foi anunciado pela Petrobras no dia 14 de janeiro. As demissões estão previstas para começar no dia 14 de fevereiro.

Castelano disse que os petroleiros estão “cercados de todos os cuidados legais” para que a greve não seja considerada ilegal, como alega a Petrobras.

Outro ponto que levou à aprovação da paralisação foi a mudança, por parte da Petrobras, da tabela de turnos ininterruptos dos trabalhadores com revezamento, em todo o país, sem que houvesse discussão com as lideranças sindicais.

A Petrobras informou que considera “descabido” o movimento grevista anunciado pela FUP, “pois as justificativas são infundadas e não preenchem os requisitos legais para o exercício do direito de greve”.

Poder 360

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