segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Lula quer chegar a 2022 com 'muita influência política'


Lula apontou o nome de Haddad como um dos "bem preparados" para a eleição de 2022. (Foto: Ricardo Stuckert/Reprodução/Twitter)
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que pretende chegar às eleições de 2022 com “muita influência política”, em entrevista concedida ao ConJur. O petista não descartou a pretensão de ser novamente presidente, mas disse que não se trata de uma obsessão.

“Quero chegar às eleições de 2022 com muita influência política. Disso, não abro mão”, respondeu, ao ser questionado sobre se tinha vontade novamente de ocupar a cadeira no Palácio do Planalto.

Na resposta, Lula disse que aposta em pessoas mais novas que ele, que tem 74 anos, apontou o nome de Fernando Haddad (PT) como um dos bem “preparados” para disputar as eleições presidenciais de 2022.

“Posso até voltar (a ser presidente), mas não é mais minha obsessão. Espero que tenha gente muito mais nova do que eu. Haddad fez uma campanha maravilhosa, é um cara muito preparado”.

Ao longo das 1 hora e 15 minutos de entrevista, o ex-presidente voltou a disparar contra o atual ministro da Justiça e ex-juiz, Sergio Moro, quem chamou de mentiroso - “Moro mentiu e sabe que mentiu” - e contra o procurador do MPF (Ministério Público Federal), Deltan Dallagnol - “Se tem alguém que pode ser chefe de quadrilha, é ele (Deltan)”.

Lula manteve ainda o discurso de que a operação Lava Jato fez parte de um projeto de poder para evitar que voltasse à Presidência da República. “Fizeram toda aquela montagem pra evitar que eu ganhasse as eleições. Agora, confesso que, embora eu esteja muito decepcionado de não ter participado do processo eleitoral, quero que eles saibam que vou viver muito”, afirmou.

O ex-presidente engrossou o tom a respeito da manutenção de sua condenação pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), que chamou de “arapuca montada”.

“Eu previa desde o começo do impeachment que tinha um objetivo, que era chegar em mim. Se fizeram o impeachment para tirar a Dilma Rousseff, não poderiam permitir que eu voltasse a ser presidente. Eles tinham um objetivo e cumpriram o objetivo deles”.

Por fim, finalizou o tema alegando que os episódios da “Vaza Jato” de divulgação de conversas pelo Telegram entre procuradores do MPF apontam que Dallagnol e sua equipe estariam a serviço dos interesses dos Estados Unidos.

“E hoje está ficando cada vez mais claro que ele (Dallagnol) estava a serviço de interesses americanos. Que toda a operação tinha uma vinculação muito precisa com o Departamento de Justiça dos EUA e, mais ainda, subordinada a interesses econômicos dos EUA. Por isso a Petrobras entrou em jogo, por isso entraram em jogo as empreiteiras brasileiras. (...) Porque as empresas de engenharia brasileiras estavam tomando muito espaço em toda a África e em toda a América Latina. (...) Os americanos estavam incomodados. Era preciso criar toda essa farsa”.

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