Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil |
O
ministro da Educação, Abraham Weintraub, deverá ser alvo de artilharia de
parlamentares de vários partidos na retomada dos trabalhos na segunda-feira, 3.
A crise provocada pelos erros nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem) levou deputados da oposição a prepararem uma ofensiva contra o ministro.
O objetivo é aumentar a pressão sobre o chefe da pasta.
Integrante da Comissão de
Educação, a deputada Tabata Amaral (PDT-SP) já solicitou nova convocação do
ministro para que ele apresente explicações “de forma técnica, transparente e
detalhada” tanto sobre o erro quanto sobre as providências adotadas pelo ministério.
O cronograma joga a favor
de Weintraub. Os trabalhos legislativos serão reiniciados amanhã, mas as
comissões temáticas, como a de educação, só voltam a se reunir no fim do mês.
Para manter o tema em evidência, parlamentares da oposição não descartam tentar
convocá-lo a depor no plenário ou pedir para que o presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), acelere a recomposição dos colegiados.
Na quinta-feira, 30, Maia
atacou Weintraub publicamente ao dizer que o ministro atrapalha o Brasil e
brinca com o futuro de crianças. Relator da comissão externa que produziu um
diagnóstico das ações do MEC no ano passado, o deputado Felipe Rigoni (PSB-ES)
avalia como necessária uma nova convocação de Weintraub. O Estado revelou, em
novembro, que o trabalho apontou paralisia e ineficiência na pasta.
“Nosso papel agora é
mostrar para a sociedade que é uma escolha do governo manter uma pessoa dessa
qualidade na frente do seu ministério mais importante”, afirmou o deputado.
O governista Sóstenes
Cavalcante (DEM-RJ) avalia que a estratégia da oposição acabará por fortalecer
o ministro. “Quanto mais o tom da classe política engrossar, mais o fortalece.
O estilo do presidente é ao contrário da lógica”, disse. As informações são do
jornal O Estado de S. Paulo.
Estadão
Conteúdo