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Nas
últimas semanas, vídeos de diferentes lugares do Brasil e do mundo têm
circulado pela internet mostrando adolescentes durante uma “brincadeira”
perigosa chamada “roleta-humana”. Trata-se de um desafio em que duas pessoas se
posicionam ao lado de um colega que, ao pular, recebe uma rasteira.
Em muitos dos vídeos, o
golpeado cai de costas e bate a cabeça no chão, o que coloca em risco o crânio,
o cérebro, a coluna e até a vida dos adolescentes. Em novembro do ano passado,
uma garota de 16 anos morreu em um desafio parecido em Mossoró (RN), e agora a
“brincadeira” voltou a se popularizar, principalmente nas escolas.
O neurologista do Hapvida,
Rafael Costa Camelo, explica os perigos de uma queda nestas circunstâncias. “O
indivíduo é pego desprevenido, no ar, de forma que não tem tempo de se defender
durante a queda. Tal tipo de trauma pode levar a Traumatismos Crânio Encefálico
(TCE) ou Traumatismos Raquimedulares (TRM), além de lesões osteomusculares que
podem causar fraturas ou contusões mais leves”, diz.
O especialista ainda
ressaltou que, a depender da queda, o desafio pode levar os atingidos à morte.
“No caso do TRM, a pessoa pode sofrer lesão medular, causando perda da função
neurológica abaixo da lesão (paralisias ou perda de sensibilidade). No caso do
TCE, os riscos são as danos de couro cabeludo, fraturas de crânio, lesões do
cérebro e os hematomas intracranianos que, em último caso, podem levar à morte
do indivíduo”, conclui Camelo.
Como resposta aos vídeos,
escolas têm reunido médicos, pais e alunos com intuito de promover
conscientização sobre os perigos da “roleta-humana” e desmotivar sua
prática.
Agora
RN