© Sérgio Lima/Poder360 O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirma que todas as recomendações da pasta sempre serão guiadas pro critérios científicos |
O ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde) afirmou na noite
desta 4ª feira (1º.abr.2020) que a população verá “muitos
casos confirmados” da covid-19 (doença desencadeada pelo novo coronavírus) até
o fim da semana que vem. Portanto, segundo ele, a taxa de letalidade vai
diminuir. Mandetta também disse que há subnotificação dos registros, que vão “subir muito”.
“Hoje o número de casos confirmados está muito menor do que o
número de casos que está circulando na nossa sociedade. O que aumenta –e muito–
a necessidade de termos mais cuidado para segurar [a movimentação].
Não é lockdown o que o Brasil fez. O Brasil fez uma diminuição da atividade,
mas não fez lockdown. O que a gente vê é muita gente trabalhando. Agora,
precisa redobrar o esforço”, afirmou.
Mandetta fez a declaração durante
entrevista coletiva no Palácio do Planalto. O ministro também falou que o mesmo
acréscimo nas estatísticas vai servir para o número de mortes. Segundo ele, há “em
torno de 200 [óbitos] aguardando a rodagem da testagem”.
“Se não redobrar o esforço, vamos ter
problema de EPI” (equipamentos de proteção
individual), disse o ministro. “Se nós não fizermos retenção de
dinâmica social, se não cumprirmos, se saírmos, se aglomerarmos, se fizermos
movimentos bruscos e relaxarmos nesse grau de contágio, sim: pode ficar com uma
série de problemas de equipamentos de proteção individual, porque não estamos
conseguindo adquirir de forma regular.”
Mandetta disse que o Ministério da Saúde “vai
ser sempre transparente” e que, hoje, a pasta está “muito
preocupada com a regularização de estoque de equipamento”. Ele,
no entanto, afirmou que as secretarias estaduais estão abastecidas e orientou
diretamente os secretários estaduais e municipais a também adquirir equipamentos.
“A compra que o ministério está tentando
fazer é 1 esforço. Façam vocês também. Os recursos que a gente passa podem ser
usados. Compra, adquira, como vocês sempre fizeram. Quando o mundo acabar dessa
epidemia, eu espero que o mundo nunca mais cometa o desatino de fazer 95% da
produção de insumos que depende a vida num único país”, afirmou.
Poder 360