segunda-feira, 25 de maio de 2020

A letalidade do “ismo”

Maoísmo, stalinismo, getulismo, lulismo, morismo, bolsonarismo.

Como nas pandemias, a diferença está no grau de letalidade. Em comum, o populismo e a violência.

Mao Tsé-Tung e Joseph Stálin, lá atrás, mandaram matar milhões de pessoas e desencadearam suas próprias revoluções culturais baseadas no culto à personalidade, ou seja, a adoração deles mesmos.

Getúlio, adorado pelos trabalhadores ao instituir a carteira assinada, apenas perseguiu opositores e entregou à própria sorte a mulher de um deles aos nazistas, até onde se sabe.

O lulismo ou lulopetismo, a partir de um amplo projeto de coalizão no Congresso, saqueou sistemicamente os cofres de empresas públicas.

O morismo, em nome do combate à corrupção, demonizou a atividade política, aguçou o ativismo judicial, deixando o caminho aberto para o resumo moderno de toda essa ópera no Brasil chamada bolsonarismo.

Esta, uma corrente política de extrema direita populista cuja diferença para o populismo de extrema-esquerda só difere mesmo no grau de letalidade e na velocidade em deteriorar organismos sociais saudáveis.

E a julgar pela escalada de mortes já causada pelo novo coronavírus nos últimos dois meses no Brasil, o Bolsonarismo caminha para entrar na história pelo seu alto grau de omissão e banalização da vida.

Diga-se de passagem, em prol de uma economia que já vinha capenga e que, no primeiro ano, de Jair Bolsonaro não conseguiu melhorar.

A exemplo de outros ditadores, em seus diferentes graus de letalidade, o bolsonarismo, no entanto, está mais para o chavismo, que também se apoderou na democracia para impor todo o velho autoritarismo que reina no universo das ditaduras.

E assim, de “ismos” em “ismos”, caminha a triste humanidade.

Agora RN

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