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© Danieçl Teixeira/Estadão Após Brasil bater recordes, cinco Estados se aproximam do colapso |
O Brasil chegou a marcas impressionantes, e bastante
preocupantes, na última semana em relação ao avanço da
covid-19. Num único dia,
bateu recordes negativos da doença, caminhando para números assustadores.
Registrou 1.188 mortes na quinta-feira, dia 21, e ultrapassou os 20 mil óbitos
desde que a primeira pessoa morreu por causa do novo coronavírus.
A curva da
pandemia parece não existir. Até aqui, é uma reta a apontar para cima, apesar
de alguns Estados tomarem decisões para afrouxar o isolamento social e
recuperar parte de suas atividades econômicas. Na contagem diária dos órgãos
competentes de saúde, o País, que continua sem ministro da Saúde após a
demissão de Luiz Henrique Mandetta e do pedido para sair de Nelson Teich,
passou a Rússia e já é o segundo com mais números de contaminados no mundo,
atrás apenas dos Estados Unidos, cuja curva de mortalidade parece dar refresco
e descer a ladeira – alguns estados norte-americanos retomam parte do que
faziam antes da pandemia. Nas últimas 24 horas, o Brasil chegou a 363.211
casos.
O cenário é sério. Há
22.666 óbitos. Na semana seguinte em que a Organização Mundial de Saúde (OMS)
aponta a América do Sul (com o Brasil no comando) como epicentro da doença –
eram os EUA –, o Estadão escolhe e
faz um retrato dos cinco principais Estados brasileiros onde a covid-19 avança
rapidamente, mas cujas administrações públicas se desdobram para evitar o
colapso. Na Grande São Paulo, por exemplo, onde há o maior número de mortes, a
taxa de ocupação de UTIs chega a 91%, segunda maior desde o início da pandemia.
O Rio espera pela entrega de hospitais de campanha. Pernambuco, Pará e Amazonas
estão no limite.
Estadão