© Ed Alves/CB/D.A Press |
“Me
desculpem aqui os seguidores do presidente se essa é uma verdade inconveniente,
mas essa agenda anticorrupção não teve um impulso por parte do
presidente da República para que nós implementássemos”, comentou o ex-ministro
ao programa da TV Globo.
Durante a entrevista, Moro também falou sobre a sua saída do governo federal, há exatamente um mês. Na ocasião, ele alegou que Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal, algo que ele não considerava correto e que não poderia aceitar.
“Eu acho que a
minha lealdade ao próprio presidente necessita, demanda que eu me posicione com
a verdade, com o que eu penso e não apenas concordando com a posição do
presidente. Se for assim, não precisa de um ministro. Precisa de um papagaio”,
reclamou Moro.
O
ex-ministro disse ainda que, nas reuniões ministeriais do Executivo, costuma
prevalecer a vontade de Bolsonaro, como aconteceu na do dia 22 de abril, que é
tida por Moro como a principal prova de que o presidente já tentou intervir na
autonomia da Polícia Federal por interesse próprio.
“Pelo próprio tom da reunião, é muito claro que o contraditório não é algo assim muito fácil de ser realizado na ocasião. Essas situações me geravam absoluto desconforto”, revelou Moro.
Correio Braziliense