Foto: Sebastián Vivallo Oñate/Agencia Makro/Getty Images |
Entre os signatários estão o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso (PSDB), ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), governador do
Maranhão Flavio Dino (PCdoB), o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL), o
ex-procurador-geral da República Claudio Fontele, além de Luciano Huck
(empresário e apresentador da TV Globo) e artistas como Antonio Fagundes,
Adriana Esteves e o médico Drauzio Varella.
O movimento, batizado
de “Estamos Juntos”, diz representar mais de dois terços da população
brasileira e lembra em seu manifesto o período das Diretas Já, quando líderes
políticos se juntaram para demandar a volta das eleições diretas quando o país
ainda estava sob a ditadura militar (1964-1985). Na ocasião, o movimento também
contou com a adesão de um amplo campo, que uniu opositores em prol de uma mesma
causa.
"Como aconteceu no movimento Diretas Já, é hora
de deixar de lado velhas disputas em busca do bem comum. Esquerda, centro e
direita unidos para defender a lei, a ordem, a política, a ética, as famílias,
o voto, a ciência, a verdade, o respeito e a valorização da diversidade, a
liberdade de imprensa, a importância da arte, a preservação do meio ambiente e
a responsabilidade na economia", diz o grupo.
Com a crescente tensão
entre o presidente Jair Bolsonaro (que
não foi citado no documento) e o poder o Supremo Tribunal Federal (STF),
o movimento diz apoiar a “independência dos poderes da República” e pede que
lideranças como senadores, governadores, prefeitos e deputados assumam a
responsabilidade de “unir a pátria e resgatar nossa identidade como nação.
"Somos cidadãs, cidadãos, empresas, organizações
e instituições brasileiras e fazemos parte da maioria que defende a vida, a
liberdade e a democracia", diz o texto. "Somos a maioria e exigimos
que nossos representantes e lideranças políticas exerçam com afinco e dignidade
seu papel diante da devastadora crise sanitária, política e econômica que
atravessa o país".
O grupo deixa claro que é uma “frente ampla e
diversas, suprapartidária”. O grupo defende "uma administração pública
reverente à Constituição, audaz no combate à corrupção e à desigualdade,
verdadeiramente comprometida com a educação, a segurança e a saúde da
população. Defendemos um país mais desenvolvido, mais feliz e mais justo."
Outros políticos que endossam o grupo são: as deputadas
federais Tabata Amaral (PDT) e Luiza Erundina (PSOL);; o ex-senador Cristovam
Buarque (Cidadania); os ex-deputados federais Manuela D'Ávila (PCdoB) e Jean
Willys (PSOL); e o ex-ministro Nelson Jobim, que também ocupou uma cadeira no
STF (Supremo Tribunal Federal). Outro ex-membro do Supremo que integra o
manifesto é Sepúlveda Pertence.
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