© João Brigato / Foto: Divulgação Projeto de lei quer acabar com a venda de carros a combustão em 2030 e proibir circulação em 2040 |
Enquanto
alguns países europeus estão determinando datas limites para a circulação de
carros movidos a combustão em seu território, o Brasil parece querer caminhar
no mesmo sentido. O projeto de lei 304/2017, do senador Ciro Nogueira (PP-PI),
quer proibir a venda de carros movidos a gasolina ou diesel no Brasil a partir
de 2030.
Segundo o texto aprovado
ontem pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a ideia é que todos os
carros movidos a combustíveis fósseis de maneira total ou parcial (híbridos)
sejam proibidos de serem vendidos no Brasil dentro de dez anos. Essa lei incluiria
também a proibição de híbridos e carros elétricos com extensor de autonomia.
A
proposta ainda vai além restringindo também a total da circulação desse tipo de
carro em 2040. A exceção ficaria para carros de coleção, visitantes
estrangeiros e veículos oficiais. Com isso, apenas carros até 2010 poderiam
circular depois desse período, já que são considerados clássicos quando
completam 30 anos.
A única diferença é que
seriam liberados ainda carros a combustão movidos a biocombustíveis como
biodiesel e etanol. Apesar da grande proeminência de carros flex no Brasil, nem
todas as marcas importadas adotaram a tecnologia e o baixo volume de vendas de
alguns modelos não compensaria a conversão total para o etanol ou biodiesel.
Vai
dar certo?
Com a estrutura ainda muito
precária para carros elétricos no Brasil, fica um tanto quanto impraticável o
novo projeto de lei, que ainda tem que ser aprovado pela Comissão de Meio
Ambiente (CMA) antes de seguir. A brecha envolvendo carros movidos a etanol ou
biodiesel deixa as coisas um pouco mais flexíveis.
O mercado de carros
elétricos no Brasil praticamente começou em 2019 quando modelos como Renault
Zoe, Chevrolet Bolt, Nissan Leaf, JAC iEV40 e Jaguar I-Pace começaram a ser
importados. Novos modelos vão chegar nesse ano como Mercedes-Benz EQC e Audi
e-Tron.
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